quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Adeus, Blog

Hey, guys! What’s up?!
Quanto tempo! Desde o ano passado eu não passo por aqui. Pois bem, muitas coisas mudaram na minha vida, e é por isso que eu estou aqui novamente. Preferi ficar um tempo sem postar, mas acabei ficando muito tempo. Como viramos de ano, acho digno uma postagem explicando algumas questões.
Desde que eu tinha 5 anos de idade eu frequento igreja evangélica. Com 15 anos tive uma experiência viva e real com Deus que me fez mergulhar n’Ele. Essa experiência me fez ver que Deus não era um mito, uma invenção ou imaginação. Nessa época eu estava vivendo conflitos internos, todas essas coisas que um adolescente passa. Não estava frequentando igreja evangélica nenhuma. Me lembro que cheguei a pedir pra minha vizinha, que mora ao lado da minha casa, me chamar para ir na igreja dela, que fiz parte na pré-adolescencia, mas ela cagou na minha cabeça. Até que acabei indo parar na Igreja Universal do Reino de Deus. Sim, não vou ter a ética de esconder os nomes. Estou pouco me lixando para a ética. Vou botar tudo aqui! Pois bem, imagina alguém que não conhece nada de Bíblia, não conhece nada da vida, de certo ou errado ou etc. Esse era eu. Então tudo o que as pessoas da Universal diziam para eu fazer, eu fazia acreditando que estava fazendo a vontade de Deus. Fiz tantas fogueiras santas de Israel… A última que eu fiz, eu vendi todas as minhas roupas e fiquei na merda. Engraçado é que as pessoas da minha época continuam fazendo a Fogueira Santa, e continuam na merda. Estão em uma igreja que diz que as pessoas saem da pobreza, mas essas pessoas continuam pobres, morando nas favelas, com a situação financeira fora do padrão que a sociedade e a Universal impõe. Com 18 anos comecei a despertar e ver que grande parte do que me ensinavam estava errado. Cheguei a mudar de Universal, mas não mudou muita coisa. Quanto mais eu estudava a Bíblia e a história da Igreja Primitiva, mais eu via que estava tudo errado. Sai da Universal e fui pra Videira, Igreja em Células. Putz! Até aquele momento tinha sido a melhor coisa que tinha feito na minha vida. As pessoas ali dentro tinham um desejo de ver vidas transformadas. Sim, tinha muita religiosidade, que na época eu ainda não enxergava, mas acima da religiosidade, estava o amor pelos perdidos. O processo de crescimento continuou, até que comecei a olhar o líder da Videira Rio de Janeiro. O cara não tinha nada de Deus. Fora que depois descobri tanta coisa que não posso postar aqui. Não por ética, mas por medo de ser processado e ter que pagar indenização para quem não merece ver um real meu. Até porque não tenho como provar, né. Bom, a maioria na Videira Realengo despertaram e meteram o pé. Assim, nasceu o Projeto REI. Wow! Quantos sonhos e projetos a gente tinha. Vontade de dominar o Mundo. Sim, tinha muita coisa errada no nosso meio, mas entendíamos que nascemos para reinar aqui na Terra e que essa era a nossa missão. O tempo foi passando e fomos descobrindo juntos muitas coisas que antes fazíamos de errado e que agora estávamos fazendo certo. Até que começou uma confusão no nosso meio. Cada um tinha uma visão diferente das coisas e isso trouxe muito tumulto. O que antes era unânime, hoje passou a ser faccionado. Meu pastor não tinha mais domínio sobre a sua congregação. Muitos foram saíndo. E eu acabei sendo uma dessas pessoas que meteram o pé. Estou cansado de religião. E não adianta dizer que não é religião porque é sim. O sistema é o mesmo, só muda a maneira de agir, o linguajar e a forma como se engana. Estou cansado de ver um brigando com o outro, fazendo fofoca do outro, se achando melhor e mais sábio do que o outro, querendo se auto-promover e rebaixando as outras igrejas diferentes. De boa, quanto mais conheço a Deus, mais vejo que Ele não está envolvido nesse negócio. Deus está em todos os lugares, até dentro de um ritual satânico, pois Ele é unipresente. Porém, não é porque Deus está dentro da igreja que Ele está concordando com o que acontece la dentro. Hoje no Projeto é uma verdadeira putaria, não que eu não goste da putaria que acontece la dentro. Acho muito melhor a pessoa viver na putaria e assumir, do que viver uma falsa espiritualidade. Porém, por que eu tenho que ir aos cultos? Por que eu tenho que liderar uma célula? Por que eu tenho que mandar pessoas pro Encontro com Deus (retiro de três dias)? Se é para eu viver na putaria, então deixa eu viver fora de tudo isso. Não tem diferença eu viver fora ou dentro. Por que eu tenho que fazer todos esses rituais que me obrigam a fazer? Hoje eu tenho uma visão teológica diferente da dos evangélicos. Meus princípios e pensamentos mudaram. Não consigo me ver em religião nenhuma, tenho pavor de todas elas. Já pensei em voltar para o Projeto, mas todas as vezes que eu penso em voltar, fico sabendo de alguma coisa la dentro que me joga mais para longe ainda. Queria viver em comunidade, com meus irmãos, unidos, sendo referenciais de amor para que o Mundo veja Cristo em nós. Mas dentro do Projeto são só rituais. Como que as pessoas vão ver Cristo no meio de uma galera que quer engolir a outra? São pessoas que só sabem criticar quem pensa diferente, saem para as baladas e não mostram diferença nenhuma. Fazem tudo o que qualquer pessoa faz. Ok, somos livre. Então o que falta para as pessoas serem atraídas a nós e mudarmos o Mundo? Não sei se estou certo, não sei se estou errado. Eu só sei que eu não quero viver essa mentira. Não quero viver uma vida de hipocrisia. Quero viver a verdadeira liberdade. Quero viver aquilo que está no coração de Deus. Quero amar as pessoas e transformar a sociedade. Quero mudar o Mundo. Sei que não vou conseguir, mas quero tentar, quero andar com pessoas que também estão querendo se envolver com isso. Não sei se um dia vou montar a “minha igreja”. Sinceramente, não quero isso. Mas quero me aliar com pessoas que vão mostrar ao Mundo o Cristo que a Religião esconde. Eu e o Mundo estamos cansados de blá-blá-blá religiosos. Chega dessa merda toda… É HORA DE AGIR!
Não sei se darei continuidade ao blog, muitas postagens aqui não são o que eu penso hoje em dia. As deixarei aqui como lembrança. Porém, peço a todos que orem por mim. Quem quiser conversar comigo, estou a disposição. E quem se identifica e quer se unir, só me chamar.


Vivendo,
Rodrigo Menezes